segunda-feira, 18 de maio de 2009

Uma idéia boa

Esta idéia, a qual já aderi, chegou por intermédio de minha amiga Clélia, que por sua vez a recebeu do Pedro Carvana.
Aliás devo dizer que há alguns anos que só votava no Gabeira. Votando em branco o restante das opções. Não por vontade, mas sim por falta de opção. Ou melhor, por falta da opção de votar NULO. A entrada das urnas eletronicas na verdade ceifou a manifestação popular do NULO.

Aos que não se recordam, o voto NULO, diferente do BRANCO, era cancelado, anulado. O BRANCO como todos sabem reflete a seguinte posição: quem vocês escolherem eu concordo. Por isso a contagem dos votos BRANCOS são computados ao vencedor.

Com o NULO já não era assim...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ainda sobre carros




Depois de meu post de ontem, onde manifestei minha inquietação com a questão dos carros e do lixo, eis que me deparo com esta matéria deliciosa.
Espero que curtam!

Ah, só mais uma coisa: Hoje, enquanto corria, escutando John Coltrane, divaguei. Mais importante que uma marcha, importante serão as mudanças de comportamento. Alias, ainda divagando durante minha corrida matinal, pensei a respeito da inocuidade das Marchas nos tempos que vivemos.

A matéria abaixo vale a pena!



Comunidade alemã decide ter uma vida sem automóveis e vira referência

FONTE:
The New York Times
Elisabeth Rosenthal
Em Vauban (Alemanha)

Os moradores desta comunidade afluente são pioneiros suburbanos. Eles superaram a maioria das mães que levam os filhos para jogar futebol ou executivos que fazem todos os dias o trajeto dos subúrbios até o centro da cidade: essas pessoas abriram mão dos seus carros.



Estacionamentos de rua, driveways (pequena estrada que vai geralmente da entrada da garagem até a rua) e garagens são, em geral, proibidas neste novo distrito experimental na periferia de Freiburg, perto da fronteira com a Suíça.



Nas ruas de Vauban os carros estão totalmente ausentes - com exceção da rua principal, por onde passa o bonde para o centro de Freiburg, e de umas poucas ruas na zona limítrofe da comunidade. A propriedade de automóveis é permitida, mas só há dois locais para estacionamento - grandes garagens localizadas no limite da comunidade, onde os proprietários compram uma vaga, por US$ 40 mil, juntamente com uma casa.

Como resultado, 70% das famílias de Vauban não têm automóveis, e 57% venderam o carro para se mudarem para cá.

"Quando eu tinha carro, estava sempre tensa. Desta forma sou muito mais feliz", afirma Heidrun Walter, profissional de mídia e mãe de dois filhos, enquanto caminha pelas ruas cercadas de verde, onde o ruído das bicicletas e a conversa das crianças que passeiam abafam o barulho ocasional de um motor distante.

Vauban, que foi concluída em 2006, é um exemplo de uma tendência crescente na Europa, nos Estados Unidos e em outros locais. Trata-se da separação entre a vida suburbana e a utilização de automóveis, como parte integrante de um movimento chamado de "planejamento inteligente".

Os automóveis são um fator de coesão dos subúrbios, onde as famílias de classe média de Chicago a Xangai costumam construir as suas residências. E, isso, segundo os especialistas, consiste em um grande obstáculo para os atuais esforços no sentido de reduzir drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa que saem pelos canos de descarga, com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Os carros de passageiros são responsáveis por 12% das emissões de gases causadores do efeito estufa na Europa - uma proporção que só está aumentando, segundo a Agência Ambiental Europeia -, e por até 50% em algumas áreas dos Estados Unidos.

Embora nas duas últimas décadas tenha havido tentativas de tornar as cidades mais densas e mais propícias para as caminhadas, os planejadores urbanos estão levando agora esse conceito para os subúrbios e concentrando-se especificamente em benefícios ambientais como a redução de emissões. Vauban, que tem 5,500 habitantes e uma área aproximada de 2,6 quilômetros quadrados, pode ser a experiência mais avançada em vida suburbana com baixa utilização de automóveis. Mas os seus preceitos básicos estão sendo adotados em todo o mundo em tentativas de tornar os subúrbios mais compactos e mais acessíveis ao transporte público, com menos espaço para estacionamento. Segundo essa nova abordagem, os estabelecimentos comerciais situam-se ao longo de calçadões, ou em uma rua principal, e não em shopping centers à beira de uma auto-estrada distante.

"Todo o nosso desenvolvimento desde a Segunda Guerra Mundial esteve concentrado no automóvel, e isso terá que mudar", afirma David Goldberg, funcionário da Transportation for America, uma coalizão de centenas de grupos nos Estados Unidos - incluindo instituições ambientais, prefeituras e a Associação Americana de Aposentados - que estão promovendo novas comunidades que sejam menos dependentes dos carros. Goldberg acrescenta: "A quantidade de tempo que se passa ao volante de um carro é tão importante quanto possuir um automóvel híbrido".

Levittown e Scarsdale, subúrbios de Nova York com casas de áreas enormes e garagens privadas, eram os bairros dos sonhos na década de 1950, e ainda atraem muita gente. Mas alguns novos subúrbios podem muito bem lembrar mais Vauban, não só nos países desenvolvidos, mas também no mundo subdesenvolvido, onde as emissões da frota cada vez maior de carros particulares da crescente classe média estão sufocando as cidades.

Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental está promovendo as "comunidades com número reduzido de carros", e os legisladores estão começando a agir, apesar de que com cautela. Muitos especialistas acreditam que o transporte público que atende aos subúrbios desempenhará um papel bem maior em uma nova lei federal de transporte aprovada neste ano, afirma Goldberg. Nas legislações anteriores, 80% das apropriações destinavam-se, por lei, a auto-estradas, e apenas 20% a outras formas de transporte.

Na Califórnia, a Associação de Planejamento da Área de Hayward está desenvolvendo uma comunidade semelhante a Vauban chamada Quarry Village, nos arredores de Oakland. Os seus moradores podem ter acesso sem carro ao sistema de trânsito rápido da Área da Baía e ao campus da Universidade Estadual da Califórnia em Hayward.

* Martin Specht/The New York Times

Placas como esta foram instaladas pelas ruas do distrito de Vabuan, nos arredores de Freiburg

Sherman Lewis, professor emérito da universidade e líder da associação, diz que "mal pode esperar para mudar-se" para a comunidade, e espera que Quarry Village possibilite que ele venda um dos dois automóveis da família e, quem sabe, até mesmo os dois. Mas o atual sistema ainda conspira contra o projeto, diz ele, observando que os bancos imobiliários temem uma queda do valor de revenda de casas de meio milhão de dólar que não têm lugar para carros. Além disso, a maior parte das leis de zoneamento urbano dos Estados Unidos ainda exige duas vagas para automóveis por unidade residencial. Quarry Village obteve uma isenção dessa exigência junto às autoridades de Hayward.

Além disso, geralmente não é fácil convencer as pessoas a não terem carros.

"Nos Estados Unidos as pessoas são incrivelmente desconfiadas em relação a qualquer ideia de não possuir carros, ou mesmo de ter menos veículos", diz David Ceaser, co-fundador da CarFree City USA, que afirma que nenhum projeto suburbano do tamanho de Vauban banindo os automóveis teve sucesso nos Estados Unidos.

Na Europa, alguns governos estão pensando em escala nacional. Em 2000, o Reino Unido deu início a uma iniciativa ampla no sentido de reformar o planejamento urbano, desencorajando o uso de carros ao exigir que os novos projetos habitacionais fossem acessíveis por transporte público.

"Os módulos urbanos relativos a empregos, compras, lazer e serviços não devem ser projetados e localizados sob a premissa de que o automóvel representará a única forma realista de acesso para a grande maioria das pessoas", afirma o PPG 13, o documento revolucionário de planejamento, lançado pelo governo britânico em 2001. Dezenas de shopping centers, restaurantes de fast-food e complexos residenciais tiveram a licença recusada com base na nova regulamentação britânica.

Na Alemanha, um país que é a pátria da Mercedes-Benz e da Autobahn, a vida em um local onde a presença do automóvel é reduzida, como Vauban, tem o seu próprio clima diferente. A área é longa e relativamente estreita, de forma que o bonde que segue para Freiburg fica a uma distância relativamente curta a pé a partir de todas as casas. Ao contrário do que ocorre em um subúrbio típico, aqui as lojas, restaurantes, bancos e escolas estão mais espalhadas entre as casas. A maioria dos moradores, como Walter, possui carrinhos que são rebocados pelas bicicletas para fazer compras ou levar as crianças para brincar com os amigos.

Para deslocamentos a lojas como a Ikea ou às colinas de esquiação, as famílias compram carros juntas ou usam automóveis arrendados comunitariamente pelo clube de compartilhamento de automóveis de Vauban.

Walter já morou - com carro privado - em Freiburg e nos Estados Unidos.

"Se você tiver um carro, a tendência é usá-lo", diz ela. "Algumas pessoas mudam-se para cá, mas vão embora logo - elas sentem saudade do carro estacionado em frente à porta".

Vauban, local em que se situava uma base do exército nazista, ficou ocupada pelo exército francês do final da Segunda Guerra Mundial até a reunificação da Alemanha, duas décadas atrás. Como foi projetada para ser uma base militar, a sua planta nunca previu o uso de carros privados: as "ruas" eram passagens estreitas entre as instalações militares.

Os prédios originais foram demolidos há muito tempo. As elegantes casas enfileiradas que os substituíram são construções de quatro ou cinco andares, projetados de forma a reduzir a perda de calor e maximizar a eficiência energética. Elas possuem madeiras exóticas e varandas elaboradas; casas isoladas das outras são proibidas.

Por temperamento, as pessoas que compram casas em Vauban tendem as ser "porquinhos da índia verdes" - de fato, mais da metade dos moradores vota no Partido Verde alemão. Mesmo assim, muitos afirmam que o que os faz morar aqui é a qualidade de vida.

Henk Schulz, um cientista que em uma tarde do mês passado observava os três filhos pequenos caminhando por Vauban, lembra-se com entusiasmo da primeira vez que comprou um carro. Agora, ele diz que está feliz por criar os filhos longe dos automóveis; ele não tem que se preocupar muito com a segurança deles nas ruas.

Nos últimos anos, Vauban tonou-se um nicho comunitário bem conhecido, apesar de não ter gerado muitas imitações na Alemanha. Mas não se sabe se este conceito funcionará na Califórnia.

Mais de cem candidatos se inscreveram para comprar uma casa na Quarry Village, e Lewis ainda está procurando um investimento de US$ 2 milhões para dar início ao projeto.

Mas, caso a ideia não dê certo, a sua proposta alternativa é construir no mesmo local um condomínio no qual o uso do automóvel seja totalmente liberado. Ele se chamaria Village d'Italia.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A crise, os automóveis e o lixo.

Não parece estranho, no momento em que estamos vivendo, acompanhando os noticiários, que ninguém ainda não tenha aparecido com a produção em larga escala de carros elétricos e mega usinas de reciclagem?

O que escutamos é que a produção de carros esta voltando aos seus patamares tradicionais, que a Fiat vai comprar a Chrysler nos EUA, a Opel na Alemanha, etc.

Também parece engraçado, que ninguém tenha mencionado que a queda da produção, diminuindo, também diminuiu a liberação de gás carbono. A queda de produção de minérios, da ultima vez que ouvi, é de aproximadamente 30%.

Não seria a crise uma ótima oportunidade para revermos nossos objetos de desejo, objetos esses que consumam uma energia mais limpa, que se utilizam de materiais reciclados.

Existem dois grandes filmes que deveriam ser obrigatórios nas escolas: Wall-E (ficção) e Quem assassinou o carro elétrico (documentário).






Se continuarmos no ritmo que estávamos, será que teremos água daqui 5 décadas?

Quem sabe esta crise não traga algo de positivo.

Mudando um quadro de posição



Por volta de 1984, adquiri este quadro de autoria de Gualter Pupo e desde então esta obra vem me acompanhando onde quer que esteja: Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Santa Tereza, Cosme Velho, Laranjeiras, até mesmo a São Paulo este quadro me acompanhou. Agora, aqui estou na Barra da Tijuca e observando a sala, o quadro, junto com minha esposa, sob os efeitos de uma cervejinha, aos odores de incensos indianos, decidimos que colocaríamos o quadro em outra posição. Mais especificamente girando-o 90 graus a direita.

Mas um quadro é uma obra, e o seu autor, concordaria com isso?



Nos perguntávamos enquanto descobríamos novas imagens num antigo e estimado quadro.
Dois dias depois Gualter esteve em minha casa e consentiu com a mudança.

Agora só faltam 4 milhões 999 mil e 492!

As adesões não param de chegar! E Neste ritmo, o sucesso esta garantido!

Abraços!

Mudança de Planos.

Amigos, realmente promover uma Marcha, ou melhor, pensar, imaginar uma Marcha não é tarefa fácil. Alias, as vezes me parece até enfadonho! Abrem-se oportunidades para polémicas, discussões, para haver divergências então, um pulo!
Vai que se toma uma caminho panfletário, politicamente correto... um perigo, um perigo... Mas uma vez lançado o desafio, o compromisso, não há como recuar.

Pensando nisto, resolvi tomar umas atitudes. E a primeira delas, após a pesquisa neste blog é definir de uma vez por todas o motivo que nos levarão a Brasília.

Ficha Limpa pra governar ou se candidatar, alterando a máxima da justiça: Enquanto não provar a inocência continua suspeito. E sendo suspeito, já com processo em andamento, não pode se candidatar ou governar.

Segundo: Prestação de contas via Internet. Com direito a auditoria e rápido afastamento dos envolvidos em escândalos financeiros.

Enfim, não iria sobrar ninguém e passaríamos a ver outras pessoas no governo sob estas severas ordens.

E já que estão claros os objetivos desta Marcha, este blogue permanecera no ar até o dia 23 de abril de 2011, contabilizando adesões, selecionando escândalos, talvez propondo ações, como a da nossa amiga Kiti Soares, de dar um choque de ordem no Palácio Guanabara e também falando sobre outras coisas, pois se ficarmos só neste papo de Marcha vai ser chato pra... a beça!

No próximo post: Mudando a posição de um Quadro.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Justificativa de minha ausência durante estes últimos dias

Colegas,

Estou concluindo uma mudança de endereço. Casa nova, vida nova. Como ainda não possuo uma ligação com a Internet (mesmo procurando alguém generoso pra me deixar entrar com o wireless, o que não aconteceu), não pude postar durante estes dias.

Em breve, voltaremos com força total e a divulgação do surpreendente número de adesões!

Mas curtam o post abaixo, vale a pena!

abs

Fabio

Um incentivo para a Marcha dos 5 milhões